terça-feira, 25 de agosto de 2009

Site construído para uma das acções de formação que dou: Os novos desafios na didáctica da História e Ciências Sociais.
Usei o Yola e gostei. É fácil e rápido.
Ver o site:
Site com os materias de História que tenho construído para os meus alunos
A ferramenta usada é a WIX. Permite fazer sites em flash rápida e facilmente


Free website - Wix.com

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Quadro Interactivo

A investigação sobre a utilização dos Quadros Interactivos sugere que o uso desta tecnologia varia de professor para professor e de área disciplinar para área disciplinar, não existindo uma fórmula certa. Há que compreender a diversidade de abordagens possível e explorá-las, de forma a reconhecer as que mais benefícios trazem e mais se adequam, à especificidade de cada disciplina e dos seus diferentes conteúdos
As mudanças que a utilização dos QI poderão promover nas práticas dos professores dependerão, em grande medida, da sua percepção das potencialidades que a tecnologia pode acarretar para os processos de ensino-aprendizagem. A formação e a reflexão deverá centrar-se sobre os objectivos pedagógicos e o modo como a tecnologia pode ser usada da forma mais adequada para os alcançar. Como tal, esta reflexão deverá ser feita no seio dos grupos disciplinares/departamentos, potenciando a adequação das funcionalidades do QI à especificidade da natureza do conhecimento/conteúdos e finalidades pedagógicas.
Só com uma compreensão mais clara do potencial dos QIs se chegará à produção de materiais promotores de práticas inovadoras, centradas no desenvolvimento de processos cognitivos, aumentando a compreensão dos alunos para os aspectos relevantes do conhecimento e com impacto nos seus níveis de desempenho.
O uso de um QI não altera por si só as práticas dos professores mas poderá vir a ser, numa dinâmica de trabalho conjunto, o catalizador para uma reflexão sobre os modelos e processos de ensino-aprendizagem.
Proposta de reflexão

Planificação de uma Comunidade de Aprendizagem Virtual






A CONSTRUÇÃO DO QUE SOMOS HOJE - OS CONTRIBUTOS DAS CIVILIZAÇÕES ANTIGAS

1.Finalidade
A finalidade deste projecto é a de recorrendo às práticas conversasionais e de interacção disponibilizadas pela plataforma Moodle da Escola e da construção de módulos temáticos com diversos matérias e tarefas, proporcionar aos alunos condições para se agruparem em torno de interesses comuns, incentivando a curiosidade e o desejo de saber mais, procurando fazer de cada um, um participante activo, que colabora na construção de uma narrativa colectiva, identificando-se com a prática, ao mesmo tempo que estrutura e afirma a sua identidade numa comunidade de aprendizagem que ultrapassasse os limites físicos e temporais da sala de aula.

2. Opções metodológicas
A experiência foi planificada tendo como princípio a actividade grupal e a interacção entre pares, num modelo colaborativo em ambiente virtual em que a dimensão grupo e um novo contexto de mediação juntam-se ao triângulo professor-conhecimento-aluno, numa interacção de que emergem três novas relações: participar ( comunicação, coordenação e interdependência entre os membros) facilitar ( proposta, preparação, clarificação, e aconselhamento) e partilhar ( troca e repartição de saberes). Ao professor cabe a implementação, a dinamização, fornecer de suportes à aprendizagem colaborativa procurando, através da interacção entre pares, reduzir desfasamentos individuais e estimular a coesão entre os membros do grupo, aconselhar, evitar desvios em relação aos objectivos, complementar informação. e avaliar resultados.

2. Objectivos Gerais
identificar e aprofundar, ao longo do estudo das diferentes civilizações e épocas os contributos que ajudaram na construção da nossa identidade: Cidadãos do Mundo do Século XXI, de um País integrado numa Europa, com raízes históricas e culturais comuns.
envolver os alunos das três turmas (7ºA, B e C) num projecto comum, sentido como motivador de modo a que, de uma forma activa, pudessem aprofundar aprendizagens, relacioná-las entre si e com a actualidade, confrontando-se com perspectivas várias.
potenciar a natureza social e situada de toda a aprendizagem, reforçada, através da mediação colaborativa da plataforma, que se poderá traduzir neste caso na diferença entre o que o aluno poderia fazer num contexto de trabalho individual em casa e o que poderia alcançar em interacção com os outros e com uma extensão do suporte e mediação do professor.
promover o desenvolvimento de competências e metodologias transversais com propostas de tarefas desafiadoras e motivantes.
proporcionar um constante suporte de reforço e sustentação dos processos cognitivos.

3. Projecto
Do debate no conjunto das turmas nasceu o projecto de construção da WIKISTÓRIA onde se tratariam assuntos identificados e propostos pelos alunos como “importantes contributos culturais das civilizações antigas para o que somos hoje ”.

4. Organização do Trabalho
No conjunto das 3 turmas foi combinado que todo o projecto se desenrolaria em regime de e-learning tendo sido negociado a distribuição de papéis e a forma como o trabalho seria organizado.
Todo o trabalho deverá ser realizado on-line como complemento das aulas presenciais de História e da avaliação à disciplina.

Distribuição de responcabilidades



5. Selecção dos Conteúdos e Objectivos de Aprendizagem
Tendo em conta as civilizações já estudadas em contexto de aula presencial os alunos identificaram e propuseram os contributos civilizacionais que gostariam de aprofundar e que serviriam de base à construção dos módulos.
Com base nos assuntos propostos realizou-se a identificação dos conteúdos, conceitos/noções básicas e elaboração dos respectivos objectivos de aprendizagem.
À medida que nas aulas presenciais se avançar no estudo das Civilizações outros contributos serão apontados e integrados no projecto.

Acesso aos conteúdos e objectivos de aprendizagem dos módulos desenvolvidos

6. Desenho do Projecto
Como base de suporte para o projecto foi criada na Plataforma Moodle uma disciplina – Wikistória. Dado a Plataforma Moodle da escola se encontrar organizada por Anos – Turmas e o projecto englobar 3 turmas optou-se por criar a disciplina em questão dentro do 7º Ano com acesso aos alunos das três turmas, recorrendo às funcionalidades de Wiki, fórum e questionário.
A disciplina no Moodle integra 4 tópicos:





7. Desenho dos Módulos
Procurou-se criar um visual apelativo para a faixa etária dos alunos e uniforme para todos os módulos e uma sinalética de fácil leitura, para ser usada quer nos módulos, quer na plataforma Moodle associada aos assuntos ou actividades (tempo da actividade, objectivos de aprendizagem, conteúdos, pesquisa de materiais construídos e disponibilizados, visionamento de filmes, pesquisa na Web, pesquisa num dicionário on-line) que ao mesmo tempo que constituem a barra de navegação, servem uma leitura mais rápida e automatizada.

Os módulos foram estruturados do seguinte modo
I. Introdução do tema, informações sobre a sua estrutura e navegabilidade, indicação do tempo total da actividade;
II. Indicação do que o aluno deverá ser capaz de fazer no final do Módulo ou seja os objectivos de aprendizagem;
III. Listagem dos conteúdos que o constituem (os conteúdos passam a fazer parte da barra lateral o que permite a navegabilidade entre eles)
IV. conteúdo (ecrã) começa com uma breve introdução ou uma citação para reflexão e contém para além da barra de navegação lateral já referida 3 áreas demarcadas(fig 1). A barra de navegação permite a navegabilidade entre os conteúdos (1) e o acesso directo aos objectivos (2), às tarefas propostas (3), ao dicionário on-line (4) e ao Google (5). Os filmes estão também disponobilizados em formato flash para download e a restante documentação em PDF permitindo a impressão.


8. Avaliação da Actividade
A avaliação da actividade, que se espera acompanhe os alunos até ao 9º ano, far-se-á pela análise
· dos níveis de interacção e participação nos Fóruns;
· qualidade das participações na Wiki;
· reflexo nas avaliações de carácter quantitativo da disciplina de História, das aprendizagens efectuadas neste contexto;
No final de cada período lectivo à aplicação de um inquérito/questionário através da plataforma para aferir dos graus de satisfação dos intervenientes e recolher sugestões/opiniões.

9. Acesso ao Projecto
O projecto pode ser consultado na Plataforma Moodle Pedro de Santarém – 7º Ano – WIKISTÓRIA - http://moodle.eps-pedro-santarem.rcts.pt/course/view.php?id=343

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Plataforma de gestão de aprendizagem Moodle e Comunidades de Prática – uma perspectiva

A utilização de plataformas de gestão aprendizagem (Learn Mannagement System) nas escolas portuguesas tem vindo a generalizar-se de uma forma crescente, com especial relevância para a plataforma Moodle.
A esta opção não terá sido alheio o facto de a nível institucional, através da equipa do CRIE ( Computadores, Redes e Internet nas Escolas, actual ERTE-PTE) ter sido implementado como veículo privilegiado de divulgação de informação e iniciativas institucionais e para prestar apoio a uma comunidade que se pretendia criar, promover e dinamizar, em torno da criação de figura dos coordenadores TIC nas Escolas. Os Centros de Competência que tinham como função seguir acompanhar os Planos TIC das Escolas, de novo, através dos seus coordenadores TIC, adoptaram-na também para os mesmos fins, as acções de formação sobre a sua utilização multiplicaram-se e os Centros de Formação passaram a utilizá-la nas diversas regularmente. Institucionalmente, passou a ser disponibilizado espaço de alojamento gratuito para as Plataformas Moodle das Escolas, quer através dos Centros de Competência quer através da FCCN. Estavam assim criadas as condições determinantes para a adopção por parte das Escolas, desta Plataforma e não de uma qualquer outra.
As razões desta “escolha institucional”, largamente explicitadas aquando da divulgação da plataforma e das acções de formação subsequentes, prenderam-se com o facto de a plataforma Moodle ser:
· de utilização gratuita , integrar ferramentas de interacção síncrona e assíncrona (fóruns, chats, wikis e e-mails) possibilitando a proposta de assuntos para discussão, a resposta a questões formuladas, a publicação armazenamento e organização de recursos e documentos relevantes para as práticas dos professores, ser de acesso comum e fácil partilha e com espaço para o surgir de comunidades de prática e tendências, de carácter mais ou menos espontâneo, cujos membros encontram sentido, pertença e identificação em torno de interesses comuns e de projectos colaborativos, geradores de reportórios colectivos;
· simples de utilizar, replicando as suas funcionalidades muitas das interacções sociais de conversação permitidas por outras tecnologias (e-mail, Chat, Fórum e Wikis) mais recorrentemente utilizadas por uma comunidade profissional maioritariamente caracterizada pela fraca proficiência na utilização das TIC e, apesar de pontuais projectos inovadores, apresentando inúmeras resistências à sua introdução, quer a nível administrativo de gestão de práticas e processos quer, e com muito maior relevo, em contextos de aprendizagem.
· ser de código aberto o que permitiria transformações e desenvolvimentos evolutivos das suas funcionalidades adaptando-a às necessidades previsíveis decorrentes da sua utilização pelos professores (processo verificado por exemplo na criação da funcionalidade do e-portfolio.)
Verificou-se pois, na escolha da plataforma Moodle, a ponderação em torno de pelo menos menos três dos quatro princípios de design enunciado por Wenguer (…), comuns a qualquer outra tecnologia, para qualquer outro propósito, mas essenciais quando se trata de prover a especificidade da natureza particular que é a das comunidades de prática, no caso dos professores, que agora analisamos, dispersa e emergente:
· Design para a simplicidade de utilização e aprendizagem uma vez que nem a comunidade nem a própria tecnologia se constituem como prioridades centrais e como tal as dificuldades de aprendizagem e utilização rapidamente criam resistências desencorajam a participação.
· Design para a evolução já que as comunidades tendem a alterar-se e a criar novas necessidades que a tecnologia deverá ser capaz de acompanhar.
· Design para a assessibilidade utilizando ferramentas de comunicação e utilização próximas das usualmente utilizadas pelos seus membros.
· Esperava-se que a dinamização de grupos específicos em torno da Plataforma Moodle de carácter mais permanente ( os coordenadores TIC) ou transitório (professores em formação), conduziria à multiplicação da experiência, pela adopção e implementação da Plataforma pelas próprias Escolas.
Tal foi tem vindo a acontecer , a ritmos diferentes, nas diferentes escolas, mas com uma tendência que me parece muito clara mais no sentido de apropriação por parte dos professores com o objectivo de reforçar processos de ensino/aprendizagem, mais do que constituir-se como o fermento e a ferramenta mediadora de comunidades de prática.
É verdade que a Plataforma Moodle, tal como outras tecnologias similares, expande, ultrapassando limites de tempo e espaço, as possibilidades de interacção, de discussão, reflexão e partilha de experiências e materiais, mas utilizando as palavras de (Schwier, 2002, citado em Dias, ) “o ambiente virtual suportado pelas práticas de comunicação em rede, apesar de apresentar uma expansão dos limites da interacção presencial, não é necessariamente uma comunidade de aprendizagem” .
Para que isso aconteça, ainda segundo Wenguer (1998), é necessário que se verifiquem três dimensões interactuantes, a do compromisso mútuo, de empreendimento conjunto e de construção de um reportório partilhado, indispensáveis quando se fala de comunidades de prática Parece-me pois haver um longo caminho a percorrer, pelos comunidades de professores da maioria das escolas no sentido de se reunirem em torno de problemáticas ou temáticas de interesse comum, trabalhando colaborativamente e de uma forma contínua, no desenvolver de perícias ou aprofundar de conhecimentos uma vez, que são exactamente o domínio (de interesses comuns) de uma comunidade (espaço de aprendizagem) traduzido numa prática conjunta ( de produção de conhecimento organizado) que gerando coesão interna e conferindo coerência, operam a sua transformação em comunidades de prática (Wenguer et all, 2002).
Do que tenho podido observar, caminho maior ainda a percorrer, espera os professores que, procurando ultrapassar os constrangimentos do espaço físico e temporal entre as três identidades presentes na sala de aula, professor, aluno e conteúdo, procuram utilizar a plataforma Moodle, como extensão do seu papel de mediação.
Pelas razões já referidas, não basta a intencionalidade da criação de disciplinas, fóruns temáticos e wikis ou de disponibilização de materiais na Plataforma Moodle, para criar comunidades de prática e aprendizagem. Antes se assiste, na maioria dos casos, ao replicar de práticas tradicionais centradas no professor, que transmite conteúdos, que estrutura percursos linearmente convergentes e formula perguntas esperando respostas pré-definidas, Mesmo tendo em conta que a integração de novas tecnologias em contextos de aprendizagem, aponta para um faseamento em que de início a tecnologia apoia as práticas pedagógicas existentes, em seguida as ampliam e só numa terceira fase, com a familiaridade e a confiança, se assiste a uma transformação gradual da pedagogia na medida em que o professor descobre o que esta efectivamente tem para oferecer, há que não perder de vista a necessidade de evoluir no sentido do envolvimento individual e colectivo dos alunos nos processos, através da negociação permanente de objectivos e actividades, única via conducente a uma apropriação efectiva dos contextos de participação, de partilha e de construção colaborativa das aprendizagens. Trata-se no fundo de, recorrendo às práticas conversasionais e de interacção disponibilizadas pela plataforma, fazer de cada aluno um participante activo, que elabora narrativas individuais, que se confronta com a multiplicidade de perspectivas, que colabora na construção do reportório colectivo, identificando-se com a prática ao mesmo tempo que estrutura e afirma a sua identidaade, potenciando-se assim, a natureza social e situada de toda a aprendizagem e reforçando-se através da mediação colaborativa, os processos cognitivos.


Referências
Bidarra, J.(2007) - E-Conteúdos e Ambientes de Aprendizagem
http://e-repository.tecminho.uminho.pt/bitstream/10188/68/1/E-Conte%C3%BAdos+e+Ambientes+de+Aprendizagem.pdf

Dias, P. (2007)- Contextos de Aprendizagem e Mediação Colaborativa –http://erepository.tecminho.uminho.pt/bitstream/10188/65/6/Contextos+de+Aprendizagem+e+Media%C3%A7%C3%A3o+Colaborativa.pdf

Dias, P. (2008) Da e-moderação à mediação colaborativa nas comunidades de aprendizagem Educação, Formação & Tecnologias, vol. 1 (1), Abril 2008, http://cie.fc.ul.pt/seminarioscie/Conferencia_e-moderacao/paulo_dias_2008.pdf

Wenger, E.; White, N.; Smith, J. D.; Rowe, K. (2005) Technology for communities, CEFRIO Book Chapter

Wenger, E.(1998). Communities of Practice